Considerada uma das culinárias mais “brasileiras” do País, a gastronomia do Pará tem a cultura indígena como sua maior influência, mas também carrega consigo traços das cozinhas portuguesa e africana. Seus ingredientes básicos são obtidos da exuberante Floresta Amazônica, como folhas e ervas, são uma forte herança deixada pelos índios da região.
Com mais de uma centena de espécies comestíveis, as frutas regionais dão origem aos doces que mais caracterizam a culinária local, dando um sabor exótico às deliciosas sobremesas que enriquecem a mesa paraense, como açaí, cupuaçu, pupunha, guaraná e a manga.
Pato no Tucupi
O tucupi é um caldo amarelo extraído da mandioca, e por isso é venenoso a princípio, precisando ser cozido durante uma semana para perder sua toxicidade. O pato, depois de assado, é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho por algum tempo. As folhas de jambu são fervidas em água com sal, escorridas e colocadas sobre o pato. O prato é servido com arroz branco e farinha de mandioca.
Caruru
O caruru é feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde (alfavaca e chicória), farinha seca bem fina e azeite de dendê. Após fervidos o quiabo, o tempero verde e os camarões na água, acrescenta-se a farinha e faz-se um pirão. Com o pirão pronto, são adicionados os quiabos bem escorridos, o camarão já refogado com todos os temperos e, por último, o azeite de dendê.
Maniçoba
É um dos pratos típicos da cozinha regional que melhor retrata a maneira indígena no preparo de sua comida. Feita de maniva, que são as folhas da mandioca, moídas e cozidas por aproximadamente sete dias. É servida com arroz branco cozido. Seria a “feijoada” paraense, que servida com a farinha grossa de mandioca fica ainda mais apetitosa.
Tacacá
É uma comida regional muito diferente, preparada com o tucupi (caldo da mandioca, previamente fervido com alho e chicória), goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambu (planta considerada afrodisíaca).